segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ESCURIDÃO


O dia está cinzento
Parece estar de mau humor;
Tanto está sol como vento
Chuva ou calor,
O dia está como eu
Parece um reflexo;
Num espelho que não é meu
Mas onde me vejo…
Pergunto-me quem sou; e porque sou?
O que quero e porque quero?
Amo mas não me dou
Desejo mas não espero,
É este o meu desespero…
Isto é o que eu vejo
Assim que olho para o céu;
E como ele desejo
Cobrir-me com um pequeno véu,
Poder-me esconder
Não ver nem falar com ninguém;
Conseguir esquecer
Até saber se estou mal ou bem,
Sou a sombra do tormento
E só me apetece gritar;
Estou como o dia cinzento
E como ele tento não chorar,
Não quero esta sensação
É que me falha a força;
Relembro até então
O tempo em que tinha esperança,
Tudo me fugiu
Como um pássaro pela mão;
No céu o sol surgiu
Mas eu mantenho-me na escuridão.

Escrito Por:

Isabel Brum

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