segunda-feira, 28 de abril de 2014

ANJO NEGRO

Chega a noite e tudo se apaga
Nas asas de um anjo negro me deito
Num sussurro que me afaga
Num sonho onde me deleito
Não quero aceitar que estou a gostar
Não aceito voar e assim me perder
Mas só me apetece entregar
E todo o resto do mundo esquecer
Na pura loucura da escuridão
Olho e sinto a luz do luar
Sinto a solidão
Que todas as noites me vem abraçar
E no escuro levantas as asas
Que mal consigo ver
Com elas me abraças
E o mundo deixo de aparecer
A lua já não me ilumina
As estrelas deixam de brilhar
Mas em ti algo me fascina
E não te consigo deixar
Desejo essa segurança
Que me fazes sentir
Preciso de sentir a esperança
De que não me deixas fugir
E assim vestes-te de sombras
E fazes-me voar
Não sei para onde me levas
Não te consigo deixar
És o meu anjo negro, meu predador
Criado no meu sonhar
Entreguei-te o meu amor
E não quero mais acordar
És o sobrenatural
Do me sonho de mulher
Parece bem ou mal
É algo que não quero saber
Entreguei-me á escuridão
E assim encontrei a luz
Na história de uma paixão
Onde um anjo me seduz...

Escrito Por:

Isabel Brum

terça-feira, 23 de julho de 2013

Hoje não é um dia Diferente

Hoje não é um dia diferente
Eu é que não sou a mesma
Mudei de repente?
Não… fui lenta como a lesma
As vezes mudamos o que somos
E nem vemos a razão
Mudámos por querermos?
Ou porque alguém disso fez questão,
Depois vemos que de nada valeu
De nada serviu mudar
Porque antes era eu
E agora não me consigo encontrar
Onde estou neste momento?
Num buraco sem fundo envolta em escuridão
Tentando encontrar um bom argumento,
Para continuar este guião
Já não quero contar histórias
Já não quero opiniões
Já não quero reviver memórias
Nem fazer canções
Não quero as tuas palavras banais
Saídas de um túmulo
Nada mais são que punhais
Palavras que ouço e acumulo
Estou cansada, destroçada, desiludida
Mas disso; sou a única culpada
Deixei de ter vida
No dia em que fui transformada.
Mas hoje, estou naqueles dias
Em que tudo parece girar
Parece que me embebedei
E agora estou a ressacar
E a tentar lembrar me do que fiz, que nem sei
Tudo gira ao meu redor
As pessoas são desconhecidas
Os sorrisos são falsos e desonestos
Tudo o que encontro são puras ironias
Escondidas em caras sem rostos
Hoje não é um dia diferente
Eu é que deixei cair a sombra da fantasia
Com a qual vesti o meu mundo
Sendo eu a pura ironia
De tudo aquilo que escondo…

Escrito por 

Isabel Brum

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Parabens Filha

Fiz Tanta coisa de que me posso arrepender
Coisas mal feitas e sem sentido
Coisa que até me fizeram aprender
Com o erro cometido
Mas houve uma que apesar de tudo
De lagrimas e dor
De mágoa e sofrimento
Há uma que apagou todo o horror
E foi-me ter tornado mãe
Foi até hoje a melhor coisa que me podia acontecer
Fui mãe nova, nem sabia mudar uma fralda
Não sabia o que fazer
Mas não importava nada
Pois eras a parte mais importante do meu ser
És o único amor incondicional
Aquele ao qual tudo se pode perdoar
Mesmo que faças algo mal
Posso-te repreender, mas nunca te irei abandonar
Mesmo longe; estarei sempre perto
Se chorares, irei sempre enxugar-te as lágrimas
Se errares, ajudar-te-ei a fazer o que está correcto
Estarei ai no momento seguinte, se de mim precisares
Amo-te como uma mãe tem de amar
És o meu rebento, a minha flor
A única que me faz lutar
Por um futuro muito melhor
Estas muito longe de mim
E às vezes choro rios de saudade
Sei que é o melhor para ti
E só quero a tua felicidade
Só que às vezes queria-te ao meu lado
Queria dar-te mimos, amor, queria-te abraçar
Mas sei queda mesma forma te é dado
Tudo o que eu te poderia dar
Assim resta-me dizer o quanto amo
E esperar para te abraçar
Quando daqui a uns meses atravessar o oceano
E todas as Saudades matar
Parabéns Meu amor
Pelo teu aniversário, Parabéns E felicidade
És o meu tesouro de maior valor
A minha única realidade


Escrito Por :
Isabel Brum

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

VI-TE

Vi-te
Enquanto te estavas a aproximar;
Ignorei-te
E tu tentas-te me segredar,
Tive medo
Não queria ver;
Não quero este segredo
Não quero saber,
Vi-te; sim claro que vi
E como sempre ignoro o que me causa terror;
Não te quero aqui
Por mais que me tenhas amor,
Entretanto chegaram eles
Como se fossem anjos;
Dos céus caídos
Com grandes sorrisos,
E de hábitos vestidos…
Abri a caixa de pandora
Que queria eu;
Voltei a um tempo e a uma hora
Que no passado se escondeu,
Ah pois é; vi-te… como não iria ver?
Não sei se te continue a ignorar
Ou se tente perceber;
O que fazer para enfrentar
Este novo kit no meu viver,
Sim vi te, mas não me estas a incomodar
Por isso deixa-te estar;
Vou-te ignorar
Ate resolver que te posso enfrentar!

Escrito Por :

Isabel Brum

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ADEUS


Sinto que está perto do fim
A nossa brincadeira
Não importa o que significas para mim
Foi simplesmente mais uma asneira
Sei que fui eu que te persuadi
Sabia que não iria durar
Sei que fui eu que te seduzi
Mas estamos os dois a errar
De nada vale agora chorar
Sobre o leite derramado
Mas é melhor isto acabar
Antes de ter um mau resultado
Sinto-me perto de deixar a porta fechar
E preparo o coração para a dor
Deixo a coragem chegar
E fujo novamente á armadilha do amor
Não sei o que irá acontecer
Não sei se te farei falta
Mas é o melhor a fazer
Tentar nem adianta
Vou-me simplesmente afastar
Aliás é o que sei fazer melhor
Antes que isto comece a alastrar
E o estrago seja maior
Ás vezes gostava de não ser como sou
Mas não consigo mudar
Serei a história que no passado vai ficar
Serei a coisa mais difícil de amar
Serei também a mais fácil de abandonar
Fui, já cá não estou, acabou
Adeus; minha vida
A nossa hora final chegou
E eu estou já de saída

Escrito Por:

Isabel Brum

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CORAÇÃO DIVIDIDO


A pedido de um amigo
Vou escrever;
Não sei bem se consigo
Mas vamos lá ver,
Com o coração dividido
Anda sem saber o que fazer;
Entre um amor proibido
E outro com o qual costuma viver,
Admito que o compreendo
Mas não é fácil dizer;
O que daí depreendo
E fazê-lo entender,
Diz estar apaixonado
E sente-se enlouquecer;
Sem saber bem de que lado
Se há-de meter,
Ainda ama a mulher
E tem filhos para educar;
Mas sem se aperceber
Por outra foi-se apaixonar,
Eu entendo o seu lema
Mentiria ao dizer que não;
Pois já vi esse esquema
Montado pelo coração,
O que ele ainda não entendeu
É que a paixão é passageira;
E o que hoje lhe parece o céu
Amanhã é pura asneira,
Diz que está apaixonado
Mas ama a mulher;
Ou eu muito me tenho enganado
Ou só é cego quem não quer ver…
Dois corpos enrolados
Pelo fogo da paixão;
Desesperados…
Por um pouco de atenção,
Mas tudo acaba um dia
Pois a paixão não é amor;
Quando terminar a magia
É que vem a parte pior,
Se ele está apaixonado
É algo que há-de passar;
Um coração dividido
É fácil de sarar,
Mas o verdadeiro amor
Só se encontra uma vez;
Aquela com quem se casou
E atura toda a sua estupidez,
Não o vou julgar
Pois não sou ninguém;
Mas se o pudesse aconselhar
Dizia-lhe para mandar passear
Esse outro alguém!

Escrito Por:

Isabel Brum

AMIGA


Ah pois é, não é que me lixaste!!! Pedes-me para escrever algo sobre ti; o que penso … e .. não sei… ás vezes as palavras são poucas ou vagas para se exprimir tudo o que se pensa ou sente, e estás tua agora a pensar: “Porque não escreveu ela um dos seus bonitos poemas?” (Aquilo que tu tanto gostas e desde já te agradeço por seres a fã numero um dos meus poemas) Agora respondo-te: “porque tu és diferente… E por seres diferente mereces um começo diferente.
Antes de mais; quero que saibas que te admiro, pela força, pela franqueza , pela humildade e até pelo mau feitio que tens, considero-te uma amiga e juro que posso contar pelos dedos de uma mão as pessoas que considero amiga. Não nos conhecemos assim á muito tempo, mas parece que te conheço á uma eternidade, não conheço como é óbvio tudo o que tenho para conhecer ainda falta muita coisa, mas conheço o suficiente ter orgulho em ser tua amiga. Vou terminar a prosa dizendo-te que há 30 anos conheço o mar, a sua beleza, as suas manhas, a sua profundeza, mas não o conheço completamente, no entanto o mar é um dos meus melhores amigos, o meu confidente e o único que me entende, quando te conheci passou a ser o segundo , pois tu és assim como ele misterioso mas bom amigo, és minha amiga a imensidão do mar.

Quando te conheci
Comecei por te ignorar;
Não gostei de ti
Acho que o nosso santo começou a chocar,
Já nem sei como começámos a falar
Penso; que talvez brincadeiras…
Ou um colega a chatear
Ou uma das nossas conhecidas asneiras,
Só sei que com o tempo
Comecei realmente a ver;
Um pouco tarde; o que lamento
Mas ainda a tempo de saber,
Que no meio de tanta banalidade
Há pessoas que fazem transparecer;
Aquilo que não são na verdade…
Vi-me grega para te perceber
Como sempre fazias-me rir;
E assim conseguias esconder
Aquela pessoa que no inicio conheci,
Sei que parece uma açorda
A total confusão sem nexo;
É o que dá usar a escrita
Para um material complexo,
Ouves, mas a ti ninguém te quer ouvir
Dispões tempo para toda a gente; mas ninguém tem para ti um minuto;
Fazes toda a gente rir
E o teu sofrimento fica sempre oculto,
Amparas as lágrimas de quem chora
Sem medo de ajudar;
Mas quando chega á tua hora
Ninguém liga se estiveres a chorar,
Devias pensar mais no teu “EU”
Deixa-te levar pelas tuas ondas;
Só esse mar é teu
Embora tu o escondas,
Tu és assim bondosa
Dás tudo sem receber nada;
Também és teimosa
E muito despassarada,
Mas és tu aquela pessoa frontal
Que diz o que tem a dizer;
Bem ou mal
Doa a quem doer,
Congratulo-te por seres assim
Toda a gente te odeia tanto quanto te ama;
Mas minha flor; no fim
Cai tudo na mesma cama,
Sou feliz por ter a tua amizade
Por puder contigo conversar;
Puder mexericar ou falar na verdade
E saber que só entre nós vai ficar,
Pois essa é mais uma virtude
Saberes ser um cofre fechado;
Não trais uma amizade
Manténs um segredo guardado,
Também tens defeitos
Todos nós os temos;
Todos estamos sujeitos
A andar num barco sem remos;
E quando não podes remar
E te fechas no teu canto;
Fico sem te chatear
Á espera que entretanto;
Deixes de Naufragar…
Sei que tens o dom de vegetar
Quando algo te causa dor;
E deixas até de me falar
Pensando que assim é melhor,
Mas o meu ombro estava lá disponível
E sempre há-de lá estar;
Para quando quiseres descer de nível
Puderes comigo partilhar,
Mais coisas poderia escrever
Mas não me quero alongar;
Pois basta pouco para perceber
Que valor te devem dar,
És um fenómeno da natureza
És a pureza do mar;
E a tua única fraqueza
É a tua maior arma para lutar,
Orgulho-me de te conhecer
E gostava de te igualar;
Mas cada um é como é
Eu terra tu mar…
Nunca penses em mudar
Nem sequer quando estás a sonhar;
O mar nunca deixou de ser mar
Só se deixa de vez em quando enrolar.

Escrito Por:

Isabel Brum