sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Parabens Filha

Fiz Tanta coisa de que me posso arrepender
Coisas mal feitas e sem sentido
Coisa que até me fizeram aprender
Com o erro cometido
Mas houve uma que apesar de tudo
De lagrimas e dor
De mágoa e sofrimento
Há uma que apagou todo o horror
E foi-me ter tornado mãe
Foi até hoje a melhor coisa que me podia acontecer
Fui mãe nova, nem sabia mudar uma fralda
Não sabia o que fazer
Mas não importava nada
Pois eras a parte mais importante do meu ser
És o único amor incondicional
Aquele ao qual tudo se pode perdoar
Mesmo que faças algo mal
Posso-te repreender, mas nunca te irei abandonar
Mesmo longe; estarei sempre perto
Se chorares, irei sempre enxugar-te as lágrimas
Se errares, ajudar-te-ei a fazer o que está correcto
Estarei ai no momento seguinte, se de mim precisares
Amo-te como uma mãe tem de amar
És o meu rebento, a minha flor
A única que me faz lutar
Por um futuro muito melhor
Estas muito longe de mim
E às vezes choro rios de saudade
Sei que é o melhor para ti
E só quero a tua felicidade
Só que às vezes queria-te ao meu lado
Queria dar-te mimos, amor, queria-te abraçar
Mas sei queda mesma forma te é dado
Tudo o que eu te poderia dar
Assim resta-me dizer o quanto amo
E esperar para te abraçar
Quando daqui a uns meses atravessar o oceano
E todas as Saudades matar
Parabéns Meu amor
Pelo teu aniversário, Parabéns E felicidade
És o meu tesouro de maior valor
A minha única realidade


Escrito Por :
Isabel Brum

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

VI-TE

Vi-te
Enquanto te estavas a aproximar;
Ignorei-te
E tu tentas-te me segredar,
Tive medo
Não queria ver;
Não quero este segredo
Não quero saber,
Vi-te; sim claro que vi
E como sempre ignoro o que me causa terror;
Não te quero aqui
Por mais que me tenhas amor,
Entretanto chegaram eles
Como se fossem anjos;
Dos céus caídos
Com grandes sorrisos,
E de hábitos vestidos…
Abri a caixa de pandora
Que queria eu;
Voltei a um tempo e a uma hora
Que no passado se escondeu,
Ah pois é; vi-te… como não iria ver?
Não sei se te continue a ignorar
Ou se tente perceber;
O que fazer para enfrentar
Este novo kit no meu viver,
Sim vi te, mas não me estas a incomodar
Por isso deixa-te estar;
Vou-te ignorar
Ate resolver que te posso enfrentar!

Escrito Por :

Isabel Brum

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ADEUS


Sinto que está perto do fim
A nossa brincadeira
Não importa o que significas para mim
Foi simplesmente mais uma asneira
Sei que fui eu que te persuadi
Sabia que não iria durar
Sei que fui eu que te seduzi
Mas estamos os dois a errar
De nada vale agora chorar
Sobre o leite derramado
Mas é melhor isto acabar
Antes de ter um mau resultado
Sinto-me perto de deixar a porta fechar
E preparo o coração para a dor
Deixo a coragem chegar
E fujo novamente á armadilha do amor
Não sei o que irá acontecer
Não sei se te farei falta
Mas é o melhor a fazer
Tentar nem adianta
Vou-me simplesmente afastar
Aliás é o que sei fazer melhor
Antes que isto comece a alastrar
E o estrago seja maior
Ás vezes gostava de não ser como sou
Mas não consigo mudar
Serei a história que no passado vai ficar
Serei a coisa mais difícil de amar
Serei também a mais fácil de abandonar
Fui, já cá não estou, acabou
Adeus; minha vida
A nossa hora final chegou
E eu estou já de saída

Escrito Por:

Isabel Brum

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CORAÇÃO DIVIDIDO


A pedido de um amigo
Vou escrever;
Não sei bem se consigo
Mas vamos lá ver,
Com o coração dividido
Anda sem saber o que fazer;
Entre um amor proibido
E outro com o qual costuma viver,
Admito que o compreendo
Mas não é fácil dizer;
O que daí depreendo
E fazê-lo entender,
Diz estar apaixonado
E sente-se enlouquecer;
Sem saber bem de que lado
Se há-de meter,
Ainda ama a mulher
E tem filhos para educar;
Mas sem se aperceber
Por outra foi-se apaixonar,
Eu entendo o seu lema
Mentiria ao dizer que não;
Pois já vi esse esquema
Montado pelo coração,
O que ele ainda não entendeu
É que a paixão é passageira;
E o que hoje lhe parece o céu
Amanhã é pura asneira,
Diz que está apaixonado
Mas ama a mulher;
Ou eu muito me tenho enganado
Ou só é cego quem não quer ver…
Dois corpos enrolados
Pelo fogo da paixão;
Desesperados…
Por um pouco de atenção,
Mas tudo acaba um dia
Pois a paixão não é amor;
Quando terminar a magia
É que vem a parte pior,
Se ele está apaixonado
É algo que há-de passar;
Um coração dividido
É fácil de sarar,
Mas o verdadeiro amor
Só se encontra uma vez;
Aquela com quem se casou
E atura toda a sua estupidez,
Não o vou julgar
Pois não sou ninguém;
Mas se o pudesse aconselhar
Dizia-lhe para mandar passear
Esse outro alguém!

Escrito Por:

Isabel Brum

AMIGA


Ah pois é, não é que me lixaste!!! Pedes-me para escrever algo sobre ti; o que penso … e .. não sei… ás vezes as palavras são poucas ou vagas para se exprimir tudo o que se pensa ou sente, e estás tua agora a pensar: “Porque não escreveu ela um dos seus bonitos poemas?” (Aquilo que tu tanto gostas e desde já te agradeço por seres a fã numero um dos meus poemas) Agora respondo-te: “porque tu és diferente… E por seres diferente mereces um começo diferente.
Antes de mais; quero que saibas que te admiro, pela força, pela franqueza , pela humildade e até pelo mau feitio que tens, considero-te uma amiga e juro que posso contar pelos dedos de uma mão as pessoas que considero amiga. Não nos conhecemos assim á muito tempo, mas parece que te conheço á uma eternidade, não conheço como é óbvio tudo o que tenho para conhecer ainda falta muita coisa, mas conheço o suficiente ter orgulho em ser tua amiga. Vou terminar a prosa dizendo-te que há 30 anos conheço o mar, a sua beleza, as suas manhas, a sua profundeza, mas não o conheço completamente, no entanto o mar é um dos meus melhores amigos, o meu confidente e o único que me entende, quando te conheci passou a ser o segundo , pois tu és assim como ele misterioso mas bom amigo, és minha amiga a imensidão do mar.

Quando te conheci
Comecei por te ignorar;
Não gostei de ti
Acho que o nosso santo começou a chocar,
Já nem sei como começámos a falar
Penso; que talvez brincadeiras…
Ou um colega a chatear
Ou uma das nossas conhecidas asneiras,
Só sei que com o tempo
Comecei realmente a ver;
Um pouco tarde; o que lamento
Mas ainda a tempo de saber,
Que no meio de tanta banalidade
Há pessoas que fazem transparecer;
Aquilo que não são na verdade…
Vi-me grega para te perceber
Como sempre fazias-me rir;
E assim conseguias esconder
Aquela pessoa que no inicio conheci,
Sei que parece uma açorda
A total confusão sem nexo;
É o que dá usar a escrita
Para um material complexo,
Ouves, mas a ti ninguém te quer ouvir
Dispões tempo para toda a gente; mas ninguém tem para ti um minuto;
Fazes toda a gente rir
E o teu sofrimento fica sempre oculto,
Amparas as lágrimas de quem chora
Sem medo de ajudar;
Mas quando chega á tua hora
Ninguém liga se estiveres a chorar,
Devias pensar mais no teu “EU”
Deixa-te levar pelas tuas ondas;
Só esse mar é teu
Embora tu o escondas,
Tu és assim bondosa
Dás tudo sem receber nada;
Também és teimosa
E muito despassarada,
Mas és tu aquela pessoa frontal
Que diz o que tem a dizer;
Bem ou mal
Doa a quem doer,
Congratulo-te por seres assim
Toda a gente te odeia tanto quanto te ama;
Mas minha flor; no fim
Cai tudo na mesma cama,
Sou feliz por ter a tua amizade
Por puder contigo conversar;
Puder mexericar ou falar na verdade
E saber que só entre nós vai ficar,
Pois essa é mais uma virtude
Saberes ser um cofre fechado;
Não trais uma amizade
Manténs um segredo guardado,
Também tens defeitos
Todos nós os temos;
Todos estamos sujeitos
A andar num barco sem remos;
E quando não podes remar
E te fechas no teu canto;
Fico sem te chatear
Á espera que entretanto;
Deixes de Naufragar…
Sei que tens o dom de vegetar
Quando algo te causa dor;
E deixas até de me falar
Pensando que assim é melhor,
Mas o meu ombro estava lá disponível
E sempre há-de lá estar;
Para quando quiseres descer de nível
Puderes comigo partilhar,
Mais coisas poderia escrever
Mas não me quero alongar;
Pois basta pouco para perceber
Que valor te devem dar,
És um fenómeno da natureza
És a pureza do mar;
E a tua única fraqueza
É a tua maior arma para lutar,
Orgulho-me de te conhecer
E gostava de te igualar;
Mas cada um é como é
Eu terra tu mar…
Nunca penses em mudar
Nem sequer quando estás a sonhar;
O mar nunca deixou de ser mar
Só se deixa de vez em quando enrolar.

Escrito Por:

Isabel Brum

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

DEMONSTRAR SENTIMENTOS


Alguém muito zangada
Pediu-me para escrever;
Sobre pessoas que não demonstram nada
Que amam mas não sabem dizer,
Pessoas apaixonadas
Que no entanto; tentam esconder;
Pessoas talvez erradas
E difíceis de entender,
É difícil escrever e explicar
É um tema complicado;
Pois também não costumo demonstrar
O que no coração está guardado,
Por vários motivos isso pode acontecer
Uma má experiência; dor; decepção; raiva ou até medo;
Tudo isto pode fazer
Com que se guarde em segredo,
O sentimento que se possa ter
Está errado?
Sim amiga; está errado evidentemente
Só que não é fácil depois de se ser magoado
Voltar a abrir o coração facilmente,
Eu sei e entendo que revolta
Toda a gente gosta de ser amada;
Ouvir palavras de amor em resposta
A uma mensagem enviada,
Ouvir uma declaração de amor
Uma lágrima contida;
Acreditar que não haverá dor
Sentir que se é correspondida,
Mas nem todos conseguem agir
Da melhor maneira;
Nem todos conseguem transmitir
O que realmente estamos a espera,
Dizes que essas pessoas são tristes
E realmente são…
Meras criaturas infelizes,
Incapazes de abrir o coração
Tal como tu dizes,
Não dá para perceber
E deixa-te zangada;
Mas essas pessoas evitam sofrer
Ao não demonstrarem nada,
Enquanto tu entras em depressão
E choras com a dor;
Elas vivem na solidão
E fogem ao amor,
Enquanto tu ficas a sorrir
Ao viver uma nova paixão;
Elas tentam fugir
Às manhas do coração,
Não consegues entender
E eu também não;
Mas sofrer por sofrer
Qual deles será melhor; então?
Eu sei o que vais responder
E acho que tens razão;
Mas cada um é livre de escolher
Como lidar com a desilusão…
Cada um deve percorrer
O caminho que achar melhor;
Para o coração não sofrer
E não nadar na dor!

Escrito Por:

Isabel Brum

BICHO DO MATO


Não me venhas perguntar
Coisas às quais não quero responder;
Não vais gostar da resposta que vou dar
E sei que depois me hei-de arrepender,
Ás vezes digo coisas que não devo dizer
Isto sim é uma paragem cerebral;
Sei que não vais entender
Descansa; pois é em mim que está o mal,
Dizes que sou complicada
Pois bem; não estás errado;
É mais fácil construir uma auto-estrada
Que atravesse o atlântico até outro estado,
Do que decifrares o que a minha mente guarda…
Pois; sou mesmo uma ave rara;
Não tentes entender
O que nem eu consigo;
Pois não é fácil perceber
Acredita no que te digo!
Mas; não sou diferente de ninguém
Sou simplesmente um bicho-do-mato;
Não sou um bicho domesticado
Jesus! Nem quero ser;
Sou um tsunami não identificado
Apareço quando me apetecer,
Não me venhas perguntar; então
Algo ao qual não irei dar resposta;
Posso não responder com precisão
A não ser ao que me importa,
Não me tentes o coração
Quando se fecha a cadeado;
Pior do que o Rei Leão
Sentindo-se enjaulado,
Deixa-me viver no meu mato
Que até posso partilhar;
Mas nesse labirinto
Vais ter de te desenrascar!


Escrito Por:

Isabel Brum

ESCURIDÃO


O dia está cinzento
Parece estar de mau humor;
Tanto está sol como vento
Chuva ou calor,
O dia está como eu
Parece um reflexo;
Num espelho que não é meu
Mas onde me vejo…
Pergunto-me quem sou; e porque sou?
O que quero e porque quero?
Amo mas não me dou
Desejo mas não espero,
É este o meu desespero…
Isto é o que eu vejo
Assim que olho para o céu;
E como ele desejo
Cobrir-me com um pequeno véu,
Poder-me esconder
Não ver nem falar com ninguém;
Conseguir esquecer
Até saber se estou mal ou bem,
Sou a sombra do tormento
E só me apetece gritar;
Estou como o dia cinzento
E como ele tento não chorar,
Não quero esta sensação
É que me falha a força;
Relembro até então
O tempo em que tinha esperança,
Tudo me fugiu
Como um pássaro pela mão;
No céu o sol surgiu
Mas eu mantenho-me na escuridão.

Escrito Por:

Isabel Brum

sábado, 5 de janeiro de 2013

COMER PALHA


Olha pra mim revoltada
É impressionante…
Começo a ficar cansada
Desta triste gente!
Vou pro Boquinafácio
Seja lá onde quer que isso fique;
É o melhor que faço
Antes que me de o chelique,
Apetece-me desatar á pancada
A tudo o que se mexe;
Começar a dar porrada
A tudo o que me aborrece,
Mas; não vai-me servir de nada
E vou só perder tempo;
Fico decepcionada
É este o meu tormento,
Nem merece o trabalho
Ao qual me iria dar;
É mais uma carta no baralho
Que eu mesma hei-de baralhar,
Por favor; vão passear
Mas para longe de mim;
Deixem-me descansar
Estou farta de gente assim,
Deixem-me acalmar…
Esperem mais um pouco….
Agora vou mandar-vos delicadamente cagar,
E vou beber um copo…
Vou resumir-vos á vossa insignificância
E fazer de conta que não vos conheço;
Ignorar simplesmente a vossa existência….
É que realmente não mereço!
Tenho lá paciência para isto
Nem sabem o que andam a fazer;
Já parecem políticos
Só interessa se o bolso encher,
Poupem-me á vossa miséria
Poupem-me a vossa ignorância;
Deuses da incompetência
Mesmo carneiros; são incansáveis,
Só sabem comer palha com eficiência!

Escrito por:

Isabel Brum

Burros


Oh pha; larguem-me a braguilha
Nunca estão contentes com nada;
Vão todos levar na anilha
E deixem-me descansada,
Sou morta por ter cão
E morta por não ter;
Não há o mínimo de noção
Daquilo que estão a fazer,
Não há cu que aguente
É que ninguém merece…
E pensam vocês que são gente?!
É que a mim não me parece!
O vosso mal é inveja
Inveja, do meu viver;
São piores que a cereja
Rapidamente começam a apodrecer;
Valha-me a santa ignorância
Que mora nas vossas cabeças,
Tamanha incompetência
Já não me restam esperanças…
Dai-me paciência
Antes que me falhem as forças;
Este género de inteligência
Tende a perseguir-me;
Forma de decadência
Que teima em persistir,
Não consigo entender
Nem com a grande filosofia;
Certas formas de proceder
Que a mim me parecem pura cobardia,
Tenho cara de santa, eu?!
Não; pois não?!
Devo ter um lugar guardado no céu
E habito reservado de sacristão.
Façam algo pela vossa vida
E deixem a minha sossegada;
Detesto ser perseguida
Por quem não usa o cérebro para mais nada,
Oh pha; raios parta
Se vos vou aturar;
Vão cagar a mata
Tenho mais em que pensar!

Escrito por:

Isabel Brum

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

FANTASIA



Quero-te; mais do que devia querer

Desejo-te mais do que devia desejar;
És aquilo que não posso ter
Mas o que mais quero conquistar,
Sou fria mais do que devia ser
Ou demasiado meiga; sem um meio-termo;
És aquilo que não consigo entender
És o sentimento que mais temo,
És o sofrimento que quero evitar
És a dor que não quero sentir;
A lágrima que não quero derramar
No entanto; és quem mais me faz sorrir,
São os teus lábios que quero beijar
É no teu corpo que me quero perder;
É nos teus braços que me deixo naufragar
Á espera que me venhas socorrer,
São as tuas mãos que me fazem arrepiar
E os teus beijos fazem-me derreter;
És tudo o que quero negar
És o sonho de qualquer mulher,
És a noite fria em pleno Verão
E a noite quente em pleno inverno:
És um perigo para um coração
Um perigoso veneno,
És o que nem eu sei
E o que não quero saber;
És tudo o que sempre evitei
E que mais rejeitei conhecer,
És a coisa da qual mais fugia
Mas que em segredo desejei encontrar;
És aquela fantasia
Que mais temi amar…

Escrito Por:

Isabel Brum