segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Coração Condenado

Não consigo explicar
O que entre nós existe;
Passo horas a pensar
Mas a dúvida persiste,
Não quero entender
O que estou a sentir;
Tenho medo do que possa ser
E em vão tento fugir,
Não me quero render
A algo ainda desconhecido;
Não devia acontecer
O que tem acontecido,
Sinto-me bem contigo
Sinto-me desejada,
Devias ser só um amigo
Mas acho que disso não temos nada,
Sinto-me perdida
Navegando na confusão;
Consumida pelo que penso ser paixão
Tento não me entregar,
Faço o possível por resistir
Não quero naufragar
No que ainda está por vir,
Apareces então sem avisar
Deixando-me entregue aos devaneios;
Tento disfarçar
Mas fico rendida aos teus beijos,
Não consigo explicar
Também não sei se quero perceber;
O que se está a passar
Ou o que vai acontecer,
Gosto de ter-te a meu lado
E não consigo fugir;
Talvez me tenha apaixonado
Agora é tarde para resistir,
Se isto estiver errado
É só mais um erro a cometer;
Um coração de si já condenado
Nenhum juiz consegue absolver!

Escrito por :

Isabel Brum

A necessidade de ser amada

A necessidade de ser amada;
O calor da paixão
Há muito esquecida
Cacos espalhados de um coração…
Tudo se juntou
Com a troca de um olhar;
O mundo mudou
E tudo voltou a brilhar,
Tento negar e ignorar
Mas existe uma atracção;
Que não deixa pensar
Um desejo contido pela razão,
Paixão sem brechas para interpretação
Sem um começo nem um fim,
Paixão sem explicação
Cúmplices de uma paixão proibida;
Num jogo puro de sedução
Entregues a uma loucura desmedida,
Corações juntos numa grande explosão
Passas perto de mim…
Quero-te tocar
Não me quero sentir assim;
Mas não consigo evitar
Percorrida por arrepios,
Quando me vens beijar
Como um vírus a consumir-nos;
E sem pensar deixo-me levar
Tornados prisioneiros,
Tento o sentimento disfarçar
Rendida a uma sensação arrebatadora;
Sempre que estás perto
Deixo-me pela tua voz acariciar,
Bebendo das tuas palavras
Acariciada pela tua paixão;
Sentindo que me desejavas
Guardando no teu coração,
O que com o olhar me falavas
Sentimento proibido;
Que me leva ao desatino
Fazendo-me perder a razão,
Levando-me a caminho da perdição
Espero o telefone tocar;
Fico com os sentidos baralhados
Conto as horas para contigo estar,
E pudermos estar abraçados
É um amor proibido;
Que nos seus braços me leva a viajar
Dá asas ao meu sonhar atrevido,
E só quero para sempre lá ficar!

Escrito por :

Isabel Brum

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Na Natureza Recolhida...

O vento levanta a areia 
E faz murmurar... 
Segredos e contos de sereia 
Que só eu consigo escutar, 
Deixo-me embalar 
Nos seu cantos melodiosos; 
Permito-me meditar 
Esquecendo os vários lagos pantanosos, 
Sinto paz; sinto-me relaxada 
Respiro a brisa que vem do mar; 
Leve; húmida e demorada 
Num breve desfolhar; 
De uma fúria à muito guardada...   
Sinto-me leve e livre 
Deixo a energia emergir; 
Deixo-me levar para onde nunca estive 
Num lugar ainda por descobrir! 
Mas; breve é o regressar 
Mesmo assim calmo e lento, 
Deixo-me levitar 
Até à hora em que me sento. 
A paz interior abraça-me 
E sinto força para retomar; 
As águas pantanosas esperam-me 
Mas agora já estou preparada para lutar, 
Fundi-me com a Natureza 
Algo que necessito para me acalmar; 
E só uma simples fraqueza 
Uma necessidade; um despertar, 
Um vicio, que preciso matar 
Um liquido que preciso beber;
Como o peixe precisa do mar
Eu preciso de na natureza me recolher!


Escrito Por:

Isabel Brum







Quanto mais se tem; mais se quer ter...

Quanto mais se tem mais se quer ter
Era algo que a avó me dizia;
Ia lá eu imaginar sequer
A razão que ela tinha,
Não sou infeliz; no entanto também não sou feliz
Sinto-me realizada e amada;
Aprendi com o que fiz
Mal ou bem aprendi com a vida,
Tenho emprego o que é raro hoje em dia
Não sou rica; mas tenho o suficiente;
Tenho saude e alegria
Tenho o mais importante;
Sonhos que tive realizei
Outros; muito falta para realizar,
No entanto; quanto mais conquistei
Mais desejo conquistar;
Ainda não atingi a felicidade completa
Nem faço a mais pálida ideia de o conseguir,
Mas atingi aquela pequena meta
que sempre me dispus a atingir;
Só que sinto que me falta algo...
É preciso que eu tenha uma grande lata
Para falar como falo;
Mas é a verdade; ainda não estou contente
Os anos passam o tempo esgota-se;
E neste vivido presente
O tempo dos sonhos acaba-se,
Nunca se é feliz com o que se tem
Há sempre que ter mais;
Sonhos desejos, metas que aumentam
E o desafio de torna-los reais...
Contentar-me com o pouco que conquistei
Isso não... há muito mais para conquistar;
Agora sou assim, amanhã não sei...
Mas vou continuar a tentar,
Vou continuar a procurar...
E vou continuar com a esperança de Alcançar
A Felicidade Completa!


Escrito por:

Isabel Brum

GRITOOO

Um grito preso na alma
Tem vontade de sair
Como uma chama
Com vontade de expandir;
Vejo o mundo rodar em sentido contrário
Sinto que a vida passa sem movimento,
Seres em constante estado precário
Vivendo á sombra do procedimento;
Apetece-me gritar bem alto
Detesto andar assim... Sufocada...
Vejo a chuva cair com forçao
Deixo-me molhar se puder;
Com a pequena esperança
De que isso me purifique o ser,
Enganei-me; ou deixo-me enganar
Quero lá saber...
Deixem-me libertar
Da forma que bem entender...
_"olha que te constipas!"
_"Ya; diz-me algo que eu não saiba"
Mas que sina desgraçada;
Esta de toda a gente opinar
E meter-se onde é chamada...
Ai... Que me apetece ganir...
Subir Paredes; trepar Árvores,
Apetece-me sumir, dar de frosques
Não ter ninguém a chatear;
Preciso de Sossego
Ou de um bem dito lugar,
Completamente desconhecido
Onde não haja esta falácia;
Onde me tenho envolvido
Quero espernear, gritar...
Mas tenho que sossegar e me calar
Porque neste mundinho claudicar,
Só assim se consegue média-paz alcançar.

Escrito Por:

Isabel Brum

quarta-feira, 6 de junho de 2012

TEM DIAS ASSIM...


Tem dias assim que ao acordar
Me pergunto se vale a pena;
A pergunta fica no ar
Sem resposta; mesmo que pequena,
Apetece-me mandar tudo á merda
Não falar com ninguém;
Não pensar na perda
Nem se faço mal ou bem,
Tem dias em que acordo assim
Olho-me e não me reconheço;
Recordo o “eu” passado…
Recordo-me de mim
E hoje sou aquela que desconheço,
Tem dias desta forma
São o flagelo total;
Não incomoda…
Mas fazem passar mal!
Fazem-me duvidar
Duvidar; de mim própria…
Eu; linda, imaculada, pronta pra lutar
Deixo de ser eu… mas obrigo-me a levantar,
Tem dias assim em que tudo parece um pesadelo
Alteram-me o sistema nervoso
O “Belo” deixa de ser “Belo”
E o “Bom” passa a ser penoso,
Tem dias assim como hoje
Não me apetece olhar ao espelho;
E não reconhecer…
A figura triste e derrotada que estou a ver,
Então; em dias como hoje
Ganho força para avançar;
Esperança para continuar
E Paciência para esperar,
Que a noite chegue e me possa novamente deitar…
Para depois um novo dia começar
E não poder fazer nada;
Ter de me levantar….
Nem que seja para mandar á Merda;
O que me estiver a incomodar!

Escrito por:

ISABEL BRUM

domingo, 12 de fevereiro de 2012


                              …MEDIOCRE…

Insólito, mesquinho, medíocre
Tudo do nada que me rodeia;
Revoltante; inaceitável…
Voz cantante que esperneia,
Numa tentativa de se fazer ouvir
Num grito que não sai;
Um tremor silencioso; de uma fenda por abrir
Uma sombra que vem e vai
Não vale a pena…
Desgraça que cai em vão
Numa alma pequena,
Mancha sem solução!
Angústia tenebrosa
Que dói ao sentir;
Tristeza penosa
Que nos faz desistir,
Procura-se a força
Andando em sentido proibido;
Acatando represálias
Que nos vem devolvido,
Insólito; medíocre, inacreditável
Aquilo a que nos dispomos;
Sociedade desconhecida
Mais mortos que humanos,
Em sombras esquecida
Onde só se vê danos…
Sem nenhuma regalia
Num mundo de enganos;
Com menos significado de dia para dia!
Insólito, medíocre, inaceitável!!!

                                                                               ESCRITO POR:
                                                                               Isabel Brum

                      …Não me apetece mesmo nada…

Não tenho nada vontade
Não me apetece sair da cama;
Mas a realidade
É que o dever me chama,
Bate-me o vento gélido
Deixando-me despenteada;
Tento ganhar força para o dia
E para mais uma manhã gelada;
Encontro-me com o destino
Por vezes traiçoeiro,
Vindo do nada…
Como uma mistura de vinho
Feita por um padeiro,
Irónico… Irrisório
Não se sabe como o futuro será
E o presente é temporário,
Rumamos numa maré
Como um barco á vela;
Onde só o vento nos leva
Para onde quer…
Não me apetece mesmo nada
Encarar o dia de hoje,
Quero só ficar descansada
Esperando o calor que me foge!


                                                                               ESCRITO POR:
                                                                               Isabel Brum

                             …Prefiro te odiar…

Sinto o teu olhar em mim
Tento ser indiferente;
Mas gosto que me olhes assim
Até pareço gente,
Parece um olhar sincero
Ingénuo; transparente;
Pelo menos assim espero
Fazes-me sentir atraente,
Trato-te mal; reclamo
Mas no fundo só tento disfarçar;
Pois o que mais amo
É puder te arreliar,
Provocas-me e tentas-me
Respondo e fico com raiva;
Passamos eternas horas a discutir
Banhados num mar de lava,
Invoco forças para me aguentar
Ao ver o teu olhar de carneirinho;
Tento não me descontrolar
Quando pareces querer miminho,
Detesto as tuas atitudes
Detesto os teus ais;
Deves ter virtudes
Mas mesmo sem elas me atrais,
Evito o teu olhar
Sento-me na profundidade da escuridão;
Evito te tocar
Pois sofro do coração,
É estranho no entretanto
Quando de mim te aproximas;
E o teu corpo se encosta
Irra… que me atrofias,
Não és o meu género
Nunca poderias ser;
Mas também não me das sossego
E é irritante a valer,
Fazes com algum propósito?
Nunca irei saber; nunca irei perguntar
Fujo se não aguento,
Prefiro te odiar…


                                                                               ESCRITO POR:
                                                                               Isabel Brum

   …O que de ti sobrou…

Dilui-se no vento
O teu doce perfume;
E no pensamento
Sinto o queixume,
Lava a chuva
O teu sabor;
Deixando-me muda
Suando de dor,
Levitando e chorando
Sinto-me triste;
Sem asas voando
Para um lugar que não existe,
A saudade que dói
E sem licença se instala;
Num lugar que foi
A tua aconchegada sala,
E agora sinto só a presença
De algo que já não há; oculto…
A tua ausência
Na escuridão como um vulto;
Na noite vagueia
Mas como um insulto,
Só se bamboleia
Esquecendo tudo,
E; foi o que de ti sobrou
A leve bruma;
De algo que passou
E desse passado; pouco ou nada restou!

                                                                               ESCRITO POR:
                                                                               Isabel Brum