segunda-feira, 21 de março de 2011

Fim de Tudo...

Um sussurro escondido
Um vento suave mas gélido;
Alma de um ser perdido
Em busca de abrigo,
Um ressuscitar de quem ainda não morreu
Um despertar de quem nem dormiu;
Um choro abafado de quem sofreu
Uma lágrima que congela no frio,
Num minuto passa-nos ao lado
Coisas tão importantes;
Ás quais não damos significado
Assim sendo ignorantes;
Por as termos ignorado.
De repente fecha-se uma porta
E não se consegue abrir;
Muda-se uma rota
Para outra ainda por descobrir;
Damos ás palavras significado
E para os actos arranjamos desculpas;
Arranjamos motivos para a dor
E Solução para as angustias,
Mas não conseguimos arranjar
Um significado para tudo;
Não temos solução, e dificilmente a iremos encontrar
Solução para a morte, significado para a vida, razão para o fim do nosso Mundo.

Escrito Por:

Isabel Brum

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quem Sabe Um dia...

Quem sabe um dia possa adivinhar
O que estás a pensar;
E mesmo sem o sol brilhar
Eu te consiga iluminar,
Quem sabe um dia eu possa esquecer
Todos os maus momentos;
Quem sabe um dia consiga sobreviver
A tantos Tormentos,
Quem sabe um dia serei feliz
Quem sabe um dia irei entender
Tudo o que por ai se diz
Sem antes enlouquecer,
Quem sabe um dia possa saber
Algo mais do que sei;
Quem sabe um dia possa reaver
Quem no passado ignorei,
Quem sabe um dia quem sabe
Eu possa fazer o mundo girar;
Mas para quê?!
Quem sabe talvez o faça parar...
Quem sabe um dia
Tudo passe a ter explicação;
E com alegria
Terei o destino na minha mão,
Quem sabe um dia; assim,
O destino eu possa escrever
Onde o fim será feito por mim,
Mesmo que seja para sofrer...
Quem sabe um dia
Embora seja estranho;
Eu não possa ter tudo o que amo
Mas possa amar tudo o que tenho,
Quem sabe um dia; Quem sabe...


ESCRITO POR:

Isabel Brum

quarta-feira, 9 de março de 2011

PERFEIÇÃO

Perfeição...
Mas; será que existe a perfeição?!?!
Então porquê tentar chegar a esse patamar?!
Porquê tentar amar o perfeito
Se só o Imperfeito conseguimos amar,
Porquê fazer uma análise categórica
de algo que nem convêm ser analisado?
Porquê usar frases retóricas,
E todo este palavreado?!
As coisas são tão banais
Este ínfimo medo;
De querer de mais
Algo que é proibido,
Que estás a pensar?!
Que pergunta miserável
Porque estás a perguntar?!
e com esta resposta sinto-me um ser reles e desprezível
Que nem por um breve momento queria ser,
gera-se assim a discórdia
entre o eu e o eu...
Peço a Misericórdia
Que ninguém me deu!
Gerada a guerra e a confusão
é dado o mau despertar;
Algo me acelera o coração
e sem razão me força a chorar,
Por amor a santa... como quero que me entendam?!
se nem eu própria consigo entender,
É algo macabro querer que percebam
O que não consigo perceber,
Perfeição; mas que conceito idiota
Exijo eu a perfeição;
Quando mesmo na minha porta
Encontro-me sempre com a inédita imperfeição!!!
A Imperfeição de mim
A imperfeição do mundo;
A imperfeição que no fim
É a perfeição de quase tudo!

ESCRITO POR:
Isabel Brum

quarta-feira, 2 de março de 2011

ESQUECER

Sinto a brisa da manhã
E o sol que me aquece a alma,
Numa sombra vã
De alguém que já não reclama
Indefinido o significado
De algo que nem sei,
Corpo amordaçado
Por uma dor que eu própria criei,
Sonho não sonhado
De quem sonha mesmo acordado
Num dia mal amanhado
Por algo atribulado.
Uma lágrima oculta
No rosto de quem a trás
Gota de sangue de uma luta,
De que já se sente incapaz
Invulgar a singular situação,
Motivo descabido que se acrescenta
De um erro que se cometa,
Desculpas que se inventa
Para razões que não se tem,
E assim se atormenta 
A vida de alguém,
Expectativas que falham
Num absurdo curto espaço de tempo
de quem pede de mais
só por um momento,
O Vago sabor
Doce e amargo,
O sabor da dor 
De quem precisa de esquecer o Passado.

Escrito Por:

Isabel Brum