domingo, 12 de fevereiro de 2012


                             …Prefiro te odiar…

Sinto o teu olhar em mim
Tento ser indiferente;
Mas gosto que me olhes assim
Até pareço gente,
Parece um olhar sincero
Ingénuo; transparente;
Pelo menos assim espero
Fazes-me sentir atraente,
Trato-te mal; reclamo
Mas no fundo só tento disfarçar;
Pois o que mais amo
É puder te arreliar,
Provocas-me e tentas-me
Respondo e fico com raiva;
Passamos eternas horas a discutir
Banhados num mar de lava,
Invoco forças para me aguentar
Ao ver o teu olhar de carneirinho;
Tento não me descontrolar
Quando pareces querer miminho,
Detesto as tuas atitudes
Detesto os teus ais;
Deves ter virtudes
Mas mesmo sem elas me atrais,
Evito o teu olhar
Sento-me na profundidade da escuridão;
Evito te tocar
Pois sofro do coração,
É estranho no entretanto
Quando de mim te aproximas;
E o teu corpo se encosta
Irra… que me atrofias,
Não és o meu género
Nunca poderias ser;
Mas também não me das sossego
E é irritante a valer,
Fazes com algum propósito?
Nunca irei saber; nunca irei perguntar
Fujo se não aguento,
Prefiro te odiar…


                                                                               ESCRITO POR:
                                                                               Isabel Brum

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