terça-feira, 23 de julho de 2013

Hoje não é um dia Diferente

Hoje não é um dia diferente
Eu é que não sou a mesma
Mudei de repente?
Não… fui lenta como a lesma
As vezes mudamos o que somos
E nem vemos a razão
Mudámos por querermos?
Ou porque alguém disso fez questão,
Depois vemos que de nada valeu
De nada serviu mudar
Porque antes era eu
E agora não me consigo encontrar
Onde estou neste momento?
Num buraco sem fundo envolta em escuridão
Tentando encontrar um bom argumento,
Para continuar este guião
Já não quero contar histórias
Já não quero opiniões
Já não quero reviver memórias
Nem fazer canções
Não quero as tuas palavras banais
Saídas de um túmulo
Nada mais são que punhais
Palavras que ouço e acumulo
Estou cansada, destroçada, desiludida
Mas disso; sou a única culpada
Deixei de ter vida
No dia em que fui transformada.
Mas hoje, estou naqueles dias
Em que tudo parece girar
Parece que me embebedei
E agora estou a ressacar
E a tentar lembrar me do que fiz, que nem sei
Tudo gira ao meu redor
As pessoas são desconhecidas
Os sorrisos são falsos e desonestos
Tudo o que encontro são puras ironias
Escondidas em caras sem rostos
Hoje não é um dia diferente
Eu é que deixei cair a sombra da fantasia
Com a qual vesti o meu mundo
Sendo eu a pura ironia
De tudo aquilo que escondo…

Escrito por 

Isabel Brum

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