quarta-feira, 2 de março de 2011

ESQUECER

Sinto a brisa da manhã
E o sol que me aquece a alma,
Numa sombra vã
De alguém que já não reclama
Indefinido o significado
De algo que nem sei,
Corpo amordaçado
Por uma dor que eu própria criei,
Sonho não sonhado
De quem sonha mesmo acordado
Num dia mal amanhado
Por algo atribulado.
Uma lágrima oculta
No rosto de quem a trás
Gota de sangue de uma luta,
De que já se sente incapaz
Invulgar a singular situação,
Motivo descabido que se acrescenta
De um erro que se cometa,
Desculpas que se inventa
Para razões que não se tem,
E assim se atormenta 
A vida de alguém,
Expectativas que falham
Num absurdo curto espaço de tempo
de quem pede de mais
só por um momento,
O Vago sabor
Doce e amargo,
O sabor da dor 
De quem precisa de esquecer o Passado.

Escrito Por:

Isabel Brum

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