Eu é que não
sou a mesma
Mudei de
repente?
Não… fui lenta
como a lesma
As vezes
mudamos o que somos
E nem vemos a
razão
Mudámos por
querermos?
Ou porque alguém
disso fez questão,
Depois vemos
que de nada valeu
De nada serviu
mudar
Porque antes
era eu
E agora não me
consigo encontrar
Onde estou
neste momento?
Num buraco sem
fundo envolta em escuridão
Tentando
encontrar um bom argumento,
Para continuar
este guião
Já não quero
contar histórias
Já não quero
opiniões
Já não quero
reviver memórias
Nem fazer
canções
Não quero as
tuas palavras banais
Saídas de um túmulo
Nada mais são
que punhais
Palavras que
ouço e acumulo
Estou cansada,
destroçada, desiludida
Mas disso; sou
a única culpada
Deixei de ter
vida
No dia em que
fui transformada.
Mas hoje, estou
naqueles dias
Em que tudo parece
girar
Parece que me
embebedei
E agora estou a
ressacar
E a tentar
lembrar me do que fiz, que nem sei
Tudo gira ao
meu redor
As pessoas são
desconhecidas
Os sorrisos são
falsos e desonestos
Tudo o que
encontro são puras ironias
Escondidas em
caras sem rostos
Hoje não é um
dia diferente
Eu é que deixei
cair a sombra da fantasia
Com a qual
vesti o meu mundo
Sendo eu a pura
ironia
De tudo aquilo
que escondo…
Escrito por
Isabel Brum
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