Ah pois é, não é que me lixaste!!! Pedes-me para escrever
algo sobre ti; o que penso … e .. não sei… ás vezes as palavras são poucas ou
vagas para se exprimir tudo o que se pensa ou sente, e estás tua agora a
pensar: “Porque não escreveu ela um dos seus bonitos poemas?” (Aquilo que tu
tanto gostas e desde já te agradeço por seres a fã numero um dos meus poemas)
Agora respondo-te: “porque tu és diferente… E por seres diferente mereces um
começo diferente.
Antes de mais; quero que saibas que te admiro, pela força,
pela franqueza , pela humildade e até pelo mau feitio que tens, considero-te
uma amiga e juro que posso contar pelos dedos de uma mão as pessoas que
considero amiga. Não nos conhecemos assim á muito tempo, mas parece que te
conheço á uma eternidade, não conheço como é óbvio tudo o que tenho para
conhecer ainda falta muita coisa, mas conheço o suficiente ter orgulho em ser
tua amiga. Vou terminar a prosa dizendo-te que há 30 anos conheço o mar, a sua
beleza, as suas manhas, a sua profundeza, mas não o conheço completamente, no
entanto o mar é um dos meus melhores amigos, o meu confidente e o único que me
entende, quando te conheci passou a ser o segundo , pois tu és assim como ele
misterioso mas bom amigo, és minha amiga a imensidão do mar.
Quando te conheci
Comecei por te ignorar;
Não gostei de ti
Acho que o nosso santo começou a chocar,
Já nem sei como começámos a falar
Penso; que talvez brincadeiras…
Ou um colega a chatear
Ou uma das nossas conhecidas asneiras,
Só sei que com o tempo
Comecei realmente a ver;
Um pouco tarde; o que lamento
Mas ainda a tempo de saber,
Que no meio de tanta banalidade
Há pessoas que fazem transparecer;
Aquilo que não são na verdade…
Vi-me grega para te perceber
Como sempre fazias-me rir;
E assim conseguias esconder
Aquela pessoa que no inicio conheci,
Sei que parece uma açorda
A total confusão sem nexo;
É o que dá usar a escrita
Para um material complexo,
Ouves, mas a ti ninguém te quer ouvir
Dispões tempo para toda a gente; mas ninguém tem para ti um
minuto;
Fazes toda a gente rir
E o teu sofrimento fica sempre oculto,
Amparas as lágrimas de quem chora
Sem medo de ajudar;
Mas quando chega á tua hora
Ninguém liga se estiveres a chorar,
Devias pensar mais no teu “EU”
Deixa-te levar pelas tuas ondas;
Só esse mar é teu
Embora tu o escondas,
Tu és assim bondosa
Dás tudo sem receber nada;
Também és teimosa
E muito despassarada,
Mas és tu aquela pessoa frontal
Que diz o que tem a dizer;
Bem ou mal
Doa a quem doer,
Congratulo-te por seres assim
Toda a gente te odeia tanto quanto te ama;
Mas minha flor; no fim
Cai tudo na mesma cama,
Sou feliz por ter a tua amizade
Por puder contigo conversar;
Puder mexericar ou falar na verdade
E saber que só entre nós vai ficar,
Pois essa é mais uma virtude
Saberes ser um cofre fechado;
Não trais uma amizade
Manténs um segredo guardado,
Também tens defeitos
Todos nós os temos;
Todos estamos sujeitos
A andar num barco sem remos;
E quando não podes remar
E te fechas no teu canto;
Fico sem te chatear
Á espera que entretanto;
Deixes de Naufragar…
Sei que tens o dom de vegetar
Quando algo te causa dor;
E deixas até de me falar
Pensando que assim é melhor,
Mas o meu ombro estava lá disponível
E sempre há-de lá estar;
Para quando quiseres descer de nível
Puderes comigo partilhar,
Mais coisas poderia escrever
Mas não me quero alongar;
Pois basta pouco para perceber
Que valor te devem dar,
És um fenómeno da natureza
És a pureza do mar;
E a tua única fraqueza
É a tua maior arma para lutar,
Orgulho-me de te conhecer
E gostava de te igualar;
Mas cada um é como é
Eu terra tu mar…
Nunca penses em mudar
Nem sequer quando estás a sonhar;
O mar nunca deixou de ser mar
Só se deixa de vez em quando enrolar.
Escrito Por:
Isabel Brum