O Sol brilha lá fora,
Em frente ao PC sentada
Na p…o…r…r…a duma secretária
Não vejo simplesmente nada…
Quero ir embora,
Sem nem me dar ao trabalho de explicar
Coisa alguma, simplesmente nada;
Simplesmente me levantar e pôr-me a andar.
As pessoas passam na rua,
Com a naturalidade de um dia rotineiro;
Nos seus olhos o desinteresse
De quem nem pensa em sonhar,
Numa vida escura e desgasta de sofrimento…
E então… Aparecem as interrogações,
As mais frequentes de todas as interrogações,
Pergunta retórica, muitas vezes sem resposta
Porquê?!?!? Para quê?!?! Como?!?! Onde?!?! ...
O dia está tão Lindo,
Mas … há reticencias, Porquê?
Não há esperança, nota-se o desfalecer das pessoas,
Que nem se esforçam para alcançar a vitória,
Cansadas, zangadas, deprimidas…
Simples e vãs como uma flor sem agua prestes a acabar o seu ciclo,
É um vírus que paira no ar,
Irra… fui afectada…
Neste vale de absoluta incerteza
Do que vai ou pode acontecer
Apanhou-me desprevenida
Sem qualquer razão,
Sem nexo, atingido tudo, assim sem mais nem menos,
Porquê?!?!
Mas há por acaso algum meio,
Para se justificar um fim?!
Não… Claro que não!
Que se dane tudo
Vou simplesmente embora,
Não quero ser afectada por este vírus imundo que por ai anda
Vou somente correr, tipo não aturar
Nada mais; venha quem vier
Mas isso seria fugir…
E eu não gosto de fugir de nada
De coisa nenhuma, de ninguém,
Temos pena! … só que parece-me fraco
Enfrenta-se os problemas e mais nada,
Ou estou me a resumir a deixar
Que se abram portas para que este vírus entre,
Mas será que todos pensam assim?!
Será que todos fazem isto?!
Hum… Não me parece…
Lutar para quê?!
Anda toda a gente, tão revoltada,
Inquieta, stressada…
Tanta coisa junta,
Que não justifica a luta,
Não se encontram mais forças no fundo do poço
Nem se consegue lutar mais…
Ou consegue-se?! Justifica-se?!
Wathever…
Vá se lá perceber!!!
Escrito por:
Isa brum
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